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O Rio Guadiana atravessa as províncias do Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve e configura uma parte considerável da fronteira portuguesa, uma outra parte corre em Portugal e uma terceira é motivo de desentendimento entre os dois países ibéricos. É precisamente nesta zona que se encontra o conjunto de fortificações de Elvas, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares, classificado pela UNESCO Património Mundial. Do outro lado Olivença, razão da discórdia entre Portugal e Espanha. São também as águas do Guadiana que formam o maior lago artificial da Europa, o Alqueva. Mais a sul, o Pulo do Lobo, acidente geológico com milhões de anos. Logo depois Mértola, o porto atlântico mais interior que fez dela uma cidade romana e árabe da maior importância. Um verdadeiro campo arqueológico que permite perceber como entrou o cristianismo na Península Ibérica, as diferenças entre correntes cristãs e como os cristãos se converteram ao islamismo depois do séc. VIII e ainda como foi o processo de reconquista.
De Alcoutim a Vila Real de Santo António, rio abaixo, a paisagem é mais verde, num ambiente romântico. Já no Algarve impõe-se uma visita à capital algarvia , a cidade de Faro, conhecida na época romana como Ossonoba.
Marquês de Pombal (Google Map)
07.00h
Ponte da Ajuda – Ponte sobre o Guadiana, destruída durante a Guerra da Sucessão espanhola, no início do séc. XVIII. Obra grandiosa da arquitetura manuelina militar, construída junto à capela de N. Sra. da Ajuda era a única maneira de chegar a Olivença sem passar por território espanhol.
Olivença – Com guia local visitaremos a Igreja da Madalena que é um dos melhores exemplares da arte portuguesa conjugando o manuelino, com a talha dourada e o azulejo; a Igreja de Santa Maria com umas das poucas e mais belas representações da árvore de Jessé; a igreja da misericórdia ou do Espírito Santo que preserva belos painéis de azulejos. Visita ao Museu de Olivença instalado na maior torre de menagem construída pelos portugueses. Os nomes das ruas, as calçadas, as muralhas fazem-nos pensar que estamos em Portugal.
Almoço em Elvas
Elvas – É toda ela uma grande fortaleza a que se juntam os Fortes da Graça e de Santa Luzia, mais 3 fortins e 3 muralhas de séculos diferentes e juntos constituem a melhor Fortaleza Abaluartada da Europa e como tal foi classificada como Património Mundial. No séc. XVI Elvas foi elevada a sede de Bispado que deixaria de o ser no séc. XIX. Da época manuelina ainda existem alguns elementos dessa antiga igreja de N. Sra. da Praça que Intervenções posteriores transformariam na grandiosa catedral barroca. Do alto do castelo avistam-se os fortes e as muralhas e vendo Badajoz ali tão perto percebe-se a necessidade de tão imponente complexo. Terminamos a visita junto ao Aqueduto da Amoreira.
Jantar e alojamento em Elvas.
Monsaraz – Visita à vila com suas muralhas e castelo medievais, as suas construções civis e religiosas quinhentistas como Igreja Matriz e a antiga Câmara Municipal. O comércio testemunha a importância da olaria e da tecelagem na tradição local.
Serpa – Visita ao castelo, sitiado pela última vez em 1707 no contexto das guerras da sucessão espanhola. Sobre as muralhas, que ainda exibem 2 das 5 portas, passa o aqueduto e no mesmo conjunto surge o solar dos condes de Ficalho. Visita ao Museu do Relógio, instalado num antigo convento conhecido como Mosteirinho. É único do género em Portugal. Oportunidade de degustar o famoso Queijo de Serpa.
Almoço em Serpa.
Pulo do Lobo – Acidente geológico que alterou o leito do Guadiana e o que era o fundo do rio está hoje à vista e as águas seguem o seu curso a nível mais profundo depois de um desnível de 20 metros.
Mina de S. Domingos – Visita às instalações da antiga mina e à Casa do Mineiro que é um dos núcleos do Museu de Mértola. Depois há lugar à visualização de um documentário sobre a história do que foi e representou este enorme empreendimento. A vida dos trabalhadores e das sua famílias está patente neste documentário de forma que percebemos porque é esta também uma história de luta, resistência e sobrevivência.
Jantar e alojamento na Mina de S. Domingos ou em Mértola.
Mértola Vista à Alcáçova, um dos lugares arqueológicos mais importantes de Mértola onde é possível por exemplo ver o criptopórtico romano, os batistérios paleocristãos e as casas comuns do período árabe. Da parte da manhã far-se-á ainda a visita ao Castelo Medieval demonstração maior da reconquista cristã da vila e por fim a visita à Igreja Matriz: sob um teto abobadado suportado por colunas, descobrem-se os vestígios que confirmam que este edifício foi outrora a mesquita. O mirhab ainda em bom estado de preservação e as portas de arco em ferradura são disso prova. Do interior tem-se ainda acesso à cave da antiga sacristia que expõe os vestígios de outras épocas desta edificação.
Visita ao Museu de Mértola. O Museu é um conjunto de núcleos museológicos espalhados um pouco por toda a vila, a saber: os núcleos de Arte Islâmica e Arte Sacra que revelam muito sobre o processo de cristianização e de islamização da península Ibérica; a Forja do Ferreiro e a Oficina de Tecelagem que mantém vivas técnicas ancestrais.
Almoço em Mértola.
A visita ao museu prossegue pelos núcleos implantados em edifícios dos respetivos períodos históricos: a Casa Romana, a Basílica Paleocristã e a Ermida e Necrópole de S. Sebastião.
Neste percurso surge ainda a Torre do Relógio. Um torreão assente sobre as muralhas que circundam o centro histórico, convida o visitante a explorar a sua escadaria e a estender o olhar pelas águas do Guadiana. No sino inscreve-se a data de 1593, data provável da sua utilização como torre relógio.
Jantar e alojamento em Alcoutim.
Alcoutim – Terra de fronteira, de muitos confrontos bélicos, guarda memórias de quando o Guadiana não era fronteira. Romanos, visigótico e árabes aqui viveram pelo que o rio podia trazer e levar. Vista ao núcleo arqueológico situado no Castelo da Vila onde também existe uma curiosa exposição de Jogos Islâmicos. Um passeio a pé pelas pitorescas ruas de Alcoutim conduz sempre ao cais. Travessia do Rio para visitar a povoação espanhola na margem esquerda, Sanlúcar de Guadiana.
O almoço será servido a bordo de um barco que levará o grupo rio abaixo até Vila Real de Santo António. Uma tarde de animação e de contemplação do que o Guadiana tem para oferecer.
Jantar e alojamento em Vila Real de St. António
Castro Marim – Foi a primeira sede da Ordem de Cristo e desde então assumiu-se como ponto estratégico da fronteira sul pelo que o seu património militar é da maior importância. Visitas ao Revelim de Sto António com vista sobre as Salinas Tradicionais; centro interpretativo de Castro Marim; Forte seiscentista de S. Sebastião, Castelo Medieval e Mercado.
Faro – Almoço e tarde livre em Faro.
20h00 Hora prevista de chegada a Lisboa.